Perguntas Frequentes
Jejum e Análises Clínicas
Esclarecemos as suas dúvidas sobre jejum, cuidados e preparação antes das análises clínicas.
O jejum é de quanto tempo?
Em geral, recomenda-se fazer jejum de cerca de 8 a 12 horas antes de realizar análises ao sangue. Esse período sem ingestão de alimentos (normalmente durante a noite, até à colheita na manhã seguinte) ajuda a obter resultados mais fiáveis, especialmente para testes como glicemia (açúcar no sangue) e perfil lipídico.
Nunca prolongue o jejum além de ~14 horas, para não causar mal-estar. Alguns exames específicos podem necessitar de jejum diferente ou nenhum jejum. Siga sempre as indicações fornecidas pelo laboratório ou médico. Em caso de dúvida, confirme antecipadamente qual o tempo de jejum necessário para os exames prescritos.Pode-se beber água no jejum?
Sim. Durante o período de jejum, é permitido beber pequenas quantidades de água. Manter-se hidratado com goles de água ajuda na circulação e na colheita de sangue, sem comprometer os resultados. A ingestão de grandes volumes (litros imediatamente antes do exame) pode diluir ligeiramente o sangue. Não são permitidas outras bebidas, como café, chá, sumos, refrigerantes ou álcool, pois podem alterar os resultados. Resumidamente, apenas ingestão moderada de água, o suficiente para matar a sede, é segura durante o jejum.
Pode-se tomar a medicação diária no dia das análises?
Em geral, não é preciso interromper a medicação de uso diário antes de análises clínicas. Os medicamentos prescritos para uso contínuo (por exemplo, para hipertensão, coração ou tiroide) devem ser tomados normalmente, salvo indicação contrária do médico. É importante informar sempre o laboratório sobre qualquer fármaco em utilização, já que alguns medicamentos muito específicos podem interferir em certos exames. Se tiver medicação não essencial nessa manhã (como suplementos alimentares ou vitaminas), pode adiar a toma até depois da colheita.
Nunca suspenda medicamentos importantes sem orientação médica. Em caso de dúvida, consulte previamente o seu médico sobre a melhor forma de conciliar a medicação com as análises.O bebé faz jejum?
Bebés e crianças pequenas normalmente não precisam de jejum prolongado. Deve-se sempre seguir as orientações específicas do pediatra ou do laboratório, já que alguns exames pediátricos podem exigir uma preparação diferenciada.
Exames de Urina
Esclarecemos as suas dúvidas sobre recolha, tipos e utilidade dos exames de urina.
Como se faz uma urina de 24h?
O exame de urina de 24h consiste em recolher toda a urina emitida ao longo de um período de 24 horas. Para que o exame seja realizado corretamente, devem seguir-se alguns passos específicos indicados pelo laboratório.
Início de manhã: No dia em que começa, ao acordar, despreze a primeira urina (esvazie a bexiga na sanita) e anote a hora exata, como por exemplo, 7h da manhã.
Recolha durante o dia: A partir desse momento, recolha toda a urina emitida ao longo do dia e da noite no recipiente fornecido. Sempre que urinar, faça-o diretamente no frasco ou utilize um recipiente limpo para depois transferir. Não deve desperdiçar nenhuma micção. Mantenha o recipiente fechado em local fresco (idealmente refrigerado).
Término no dia seguinte: No dia seguinte, à mesma hora anotada (ex.: 7h), faça a última micção no recipiente e encerre a colheita. Ou seja, deve recolher também a primeira urina da manhã seguinte (que completa as 24 horas desde o início).
Entrega no laboratório: Após concluído, mantenha o frasco fechado e entregue-o no laboratório o mais cedo possível (de preferência na manhã do término). Se alguma urina for perdida durante o processo, a colheita deve ser reiniciada noutro dia, uma vez que falhas podem comprometer os resultados.
Seguindo essas instruções, garante que o volume e constituição da urina de 24h estão completos, permitindo resultados fiáveis.
Qual a diferença entre urina I e urina II?
No contexto das análises, “Urina I” refere-se apenas ao exame físico químico da urina (cor, aspeto, pH, glicose, proteína, etc.)
A urina II compreende o exame físico químico da urina e examinação microscópica do sedimento urinário (células epiteliais, leucócitos, cristais, bactérias, etc.).
Em caso de dúvida, confirme com o seu médico ou laboratório Joaquim Chaves Saúde o exame exato pretendido, pois a terminologia pode variar. O importante é assegurar que será feito o teste correto
Infeções e Doenças Infeciosas
Esclarecemos as suas dúvidas sobre prevenção, diagnóstico e rastreio de infeções.
O HIV acusa passado quanto tempo após a exposição?
O vírus HIV demora alguns dias a semanas a ser detetável após uma exposição de risco – esse intervalo é conhecido como período de janela imunológica.
Com os testes de laboratório mais modernos (4ª geração), que detetam simultaneamente anticorpos e o antigénio p24 do HIV, é possível obter um resultado positivo cerca de 2 a 4 semanas depois do contágio. Em média, 30 dias após a exposição já se identificam quase todas as infeções.
Os testes rápidos apenas de anticorpos (3.ª geração) demoram mais: normalmente só acusam positivo a partir das 4 semanas após o contágio. Nestes casos, se o resultado inicial for negativo, recomenda-se confirmar novamente ao fim de 3 meses.Durante a janela imunológica a pessoa já pode transmitir o vírus, mesmo com teste negativo. Por isso, é essencial manter precauções e repetir o exame no prazo recomendado.
Qual a diferença entre teste de 3ª e 4ª geração?
Esses termos referem-se aos tipos de testes de HIV. A 3ª geração de testes (por exemplo, muitos testes rápidos) deteta apenas anticorpos anti-HIV no sangue. Já os de 4ª geração detetam tanto os anticorpos como o antigénio p24 do vírus.A principal consequência é que os testes de 4.ª geração conseguem identificar a infeção mais cedo.
Os anticorpos demoram cerca de 3 a 6 semanas a serem produzidos após a infeção, enquanto o antigénio p24 surge mais cedo (cerca de 2 semanas após o contágio). Assim, um teste de 4.ª geração pode dar positivo por volta dos 15 a 20 dias após a infeção, reduzindo o período de janela imunológica, enquanto um teste de 3.ª geração geralmente só acusa positivo após 30 dias ou mais.Resumidamente, os testes de 4.ª geração são mais avançados, procuram componentes adicionais do vírus e permitem um diagnóstico mais rápido. Atualmente, os laboratórios Joaquim Chaves Saúde utilizam testes de 4.ª geração nos rastreios de HIV, pela sua maior sensibilidade e deteção precoce.
Contactei com um indivíduo com tuberculose. Que teste devo fazer: IGRA ou PCR?
Se teve contacto próximo com alguém com tuberculose ativa, é importante fazer um rastreio para verificar se contraiu a infeção, mesmo que ainda não tenha sintomas.
Ao nível das análises clínicas, recomenda-se preferencialmente o teste molecular (PCR) para Mycobacterium tuberculosis (MTB) em sangue total, pelas seguintes razões:
Tuberculose ativa: A PCR é mais indicada para o diagnóstico de tuberculose ativa, pois deteta diretamente o DNA do MTB, confirmando a presença da bactéria.
Imunossupressão: Em pessoas imunodeprimidas (com HIV, em quimioterapia ou transplantadas), o teste IGRA pode dar um falso negativo porque depende da resposta dos linfócitos T.
Deteção precoce: A PCR consegue identificar o MTB logo após a infeção, enquanto o IGRA pode demorar algumas semanas a apresentar resposta detetável.Localização da infeção: Em casos em que a infeção se encontra num local anatómico com resposta imune sistémica limitada, o IGRA tem menor desempenho.
Variantes genéticas: Algumas variantes de micobactérias expressam menos antigénios pesquisados no IGRA, reduzindo a sensibilidade do teste.
Já o teste IGRA é mais utilizado para diagnosticar tuberculose latente. Tem sensibilidade superior à PCR na pesquisa de infeção latente, sobretudo se extrapulmonar, mas menor sensibilidade para doença ativa.
Tomei paracetamol, posso fazer o teste de malária?
Sim. A toma de paracetamol não interfere com o resultado do teste de malária. O paracetamol é um antipirético/analgésico que ajuda a reduzir a febre e dores, mas não afeta a presença do parasita da malária no sangue nem os antigénios que os testes detetam. Estudos demonstram que o paracetamol não altera a deteção parasitológica da malária.
Se tomou paracetamol para aliviar a febre ou mal-estar, deve realizar o teste de malária normalmente, caso tenha sintomas ou suspeita. O teste (seja pela observação microscópica do sangue — “gota espessa” ou “esfregaço de sangue periférico” —, seja pelo teste rápido de antigénios) continua capaz de identificar o parasita Plasmodium se este estiver presente.Note que o paracetamol não trata a malária, apenas alivia sintomas. Mesmo que a febre melhore temporariamente, fazer o teste é fundamental para obter diagnóstico e tratamento adequados.
Que tipo de colheita devo fazer para despiste do HPV?
Nas mulheres: O rastreio do HPV (papilomavírus humano) é feito através da colheita de células do colo do útero, preferencialmente de eventuais lesões suspeitas. Trata-se de um exame ginecológico em que o profissional de saúde (médico ou enfermeiro) introduz um espéculo vaginal para visualizar o colo do útero e utiliza uma escovinha ou espátula para recolher células dessa região. A amostra é depois enviada ao laboratório para pesquisa do DNA do HPV.
Para despiste do HPV em mulheres, a colheita é semelhante à de uma citologia convencional. Deve marcar o exame numa clínica ou laboratório com serviços de ginecologia ou análises clínicas que ofereçam o teste do HPV, como a Joaquim Chaves Saúde. É importante não estar menstruada na altura e abster-se de relações sexuais, duches vaginais ou uso de espermicidas nas 48 horas anteriores, para não interferir com a amostra.
Nos homens: Para rastreio, realiza-se a pesquisa de HPV no primeiro jato da urina da manhã, antes da higienização genital. Caso existam lesões suspeitas, a colheita deve incidir no exsudado e/ou em biópsia das lesões.
O que é o período de janela?
O “período de janela” é o intervalo entre o momento da infeção e o momento em que essa infeção se torna detetável nos exames laboratoriais. Durante esse período, a pessoa já pode ter o agente infecioso no organismo, mas os marcadores que os testes procuram (anticorpos, antigénios ou material genético) ainda não atingiram níveis suficientes para serem identificados.
A duração do período de janela varia consoante a doença e o tipo de teste. Por exemplo, no HIV, a janela imunológica é tipicamente em torno de 30 dias com testes de 3.ª e 4.ª geração. Noutras infeções, o período de janela pode ser de poucos dias (como o antigénio do COVID-19) ou de algumas semanas (como hepatites ou sífilis, cerca de 20 a 30 dias). Durante esse intervalo, a pessoa pode transmitir a infeção a outros, mesmo com testes iniciais negativos.
Por isso, após uma exposição de risco, se o primeiro teste for negativo mas ainda dentro da possível janela, recomenda-se repetir o exame após o fim desse período para confirmação. Em suma, o período de janela é o tempo “escondido” em que a infeção existe, mas os testes ainda não conseguem acusá-la. Passado esse intervalo, os testes já conseguem detetar a infeção com fiabilidade.
O teste "Ac. Hepatite A total" deu positivo. Tenho hepatite?
Um resultado positivo para “anticorpos totais da Hepatite A” (Anti-HAV total) indica que, em algum momento, houve contacto com o vírus da hepatite A, mas não significa necessariamente doença ativa. Os anticorpos totais englobam IgM + IgG, e a interpretação é a seguinte:
IgM negativo + Ac. Hepatite A total positivo: indica infeção passada ou vacinação prévia, com desenvolvimento de imunidade.
IgM positivo: indica infeção aguda ou recente (hepatite A ativa).
Ou seja, provavelmente já teve hepatite A há muito tempo (muitas vezes de forma assintomática na infância, o que é comum) ou tomou a vacina contra hepatite A, ficando com IgG positivo. Nesse caso, já não está doente, apenas imune.
Assim, isoladamente, “HAV total positivo” geralmente significa imunidade por infeção antiga ou por vacina. Muitos adultos em Moçambique terão anti-HAV total positivo por já terem tido hepatite A na infância. Portanto, se não tem IgM positivo nem sintomas, não tem hepatite ativa.
O teste "Ac. Hepatite C" deu positivo. Que análise devo fazer?
Se o teste de anticorpos anti-HCV (hepatite C) deu positivo, o próximo passo indispensável é realizar um exame confirmatório de biologia molecular: o HCV-RNA (carga viral da hepatite C).
O anti-HCV positivo significa que houve contacto com o vírus em algum momento, mas não confirma infeção ativa. Pode tratar-se de uma infeção antiga já curada (cerca de 15% das pessoas eliminam o vírus espontaneamente) ou até de um resultado falso positivo.O teste HCV-RNA por PCR deteta o material genético do vírus e quantifica-o, confirmando se existe infeção ativa. Se o HCV-RNA for detetável/positivo, significa que o vírus está presente no organismo e o utente deverá ser encaminhado para tratamento (hoje a hepatite C tem cura na maioria dos casos, com antivirais). Se o HCV-RNA for indetetável/negativo isso indica que não tem vírus ativo.
Em qualquer dos cenários, um especialista irá orientar os passos seguintes. Mas a análise-chave depois de um anti-HCV positivo é a carga viral da hepatite C (PCR), sem a qual não se pode fechar o diagnóstico.
Qual o melhor teste para detetar infeção por H. pylori?
O melhor teste não invasivo para detetar uma infeção ativa por Helicobacter pylori é o teste respiratório da ureia (teste do H. pylori pelo ar expirado). Neste exame, ingere-se ureia marcada com carbono e, se a bactéria estiver presente no estômago, ela degrada a ureia libertando gás carbónico marcado que é detetado no ar expirado. É um teste simples, seguro e altamente fiável.
Outra opção é a pesquisa do antigénio de H. pylori nas fezes, que é muito usada no despiste desta infeção, mas se resultado positivo é recomendado confirmar a infeção ativa por o teste respiratório da ureia. Já os testes sanguíneos de anticorpos não são recomendados para o diagnóstico, pois podem permanecer positivos mesmo depois de a bactéria já ter sido eliminada.
Assim, para saber se tem H. pylori no momento, recomenda-se o teste respiratório da ureia (preferencial) ou a pesquisa do antigénio fecal. Se for realizar uma endoscopia digestiva alta, também é possível pesquisar H. pylori diretamente na biópsia do estômago (por métodos moleculares ou histológicos) e avaliar a sensibilidade aos antibióticos — mas este já é um procedimento invasivo.
Em resumo, o teste respiratório da ureia (13C-ureia) é geralmente o exame inicial preferido por ser simples, sensível e preciso.
Testes de Paternidade e Parentesco
Esclarecemos as suas dúvidas sobre testes genéticos de paternidade e parentesco.
Posso fazer um teste de irmandade?
Sim, é possível fazer um teste de DNA de irmandade para verificar se duas pessoas são biologicamente irmãs. Este exame genético permite determinar se dois indivíduos compartilham um progenitor em comum (pai ou mãe) – por exemplo, se são irmãos completos, meio-irmãos ou sem relação de sangue.
O teste de irmandade é útil quando não se tem acesso à amostra do suposto progenitor e se pretende averiguar laços de parentesco de forma indireta. O procedimento é semelhante ao teste de paternidade: recolhem-se amostras de DNA dos envolvidos (normalmente através de saliva/amostra da mucosa oral ou de sangue) e analisam-se, em laboratório, os marcadores genéticos. Quanto mais familiares puderem participar, maior a precisão — por vezes incluir a mãe de ambos ajuda a esclarecer os resultados. O laboratório calcula então a probabilidade de irmandade com base nas coincidências genéticas. Os resultados são apresentados sob a forma de uma probabilidade (por exemplo: “os indivíduos têm 99% de probabilidade de partilharem o mesmo pai/mãe”).Nos Laboratórios Joaquim Chaves dispomos de testes de DNA de parentesco, incluindo testes de irmandade, realizados com total confidencialidade e rigor. Para fins legais, o teste deve seguir cadeia de custódia apropriada e pode necessitar de ordem judicial. Para conhecimento próprio, é possível fazer um teste informativo.
Posso fazer um teste de paternidade a partir do cabelo?
Em teoria sim, é possível extrair DNA de um cabelo, mas há condições importantes: o fio de cabelo precisa ter raiz (bulbo capilar) e deve-se colher vários fios (normalmente 5 a 10 com raiz) para tentar obter DNA suficiente. Mesmo assim, não é o método preferencial.
Os laboratórios recomendam amostras como sangue ou saliva (células da mucosa bucal) para testes de paternidade, pois são mais fáceis de recolher e fornecem quantidade adequada de DNA com maior taxa de sucesso. Cabelos cortados (sem raiz) não servem, porque praticamente não contêm DNA nuclear útil. Mesmo cabelos com raiz podem não ter DNA suficiente ou estar degradado. Por isso, só se opta por cabelo quando não há outro tipo de amostra disponível (por exemplo, em casos forenses com indivíduo falecido onde só existe cabelo guardado).
A Joaquim Chaves Saúde realiza testes de paternidade utilizando preferencialmente zaragatoa oral (saliva) ou sangue, métodos simples, indolores e fiáveis. Caso apenas exista cabelo disponível, é possível tentar a análise forense, mas o laboratório deve ser informado antecipadamente para avaliar a exequibilidade do estudo — e a taxa de sucesso pode ser menor, podendo não se obter um resultado conclusivo.
Check-up e Saúde Preventiva
Esclarecemos as suas dúvidas sobre exames de rotina e cuidados preventivos para a sua saúde.
Quero saber se tenho diabetes e colesterol alto. Que exames tenho de fazer?
Para avaliar diabetes e colesterol (dislipidemia) são necessários exames de sangue específicos.
Para diabetes:
Glicemia em jejum: mede o nível de glucose no sangue após jejum de, pelo menos, 8 horas. Valores elevados (≥7,00 mmol/L (≥126 mg/dL) em duas ocasiões) sugerem diabetes. É o exame básico de rastreio.
Hemoglobina glicada (HbA1c): reflete a média da glicemia dos últimos ~3 meses. Um valor ≥6,5% indica diabetes. Não requer jejum e mostra o controlo glicémico a longo prazo.
Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG): pode ser solicitado em casos duvidosos, avaliando a resposta do organismo após ingestão de glicose.
Para colesterol:
Perfil lipídico completo: inclui colesterol total e frações (LDL — “mau” colesterol, HDL — “bom” colesterol) e triglicéridos. Estes valores permitem avaliar o risco de doença cardiovascular. Embora alguns laboratórios já aceitem sem jejum, muitos médicos preferem 8-12 horas em jejum para maior consistência, sobretudo para triglicéridos.
Resumindo, deve fazer análises de sangue de glicemia e HbA1c para despiste de diabetes e colesterol total, HDL, LDL e triglicéridos para avaliar o colesterol. Idealmente estas análises são realizadas em jejum matinal, especialmente para glicemia e triglicéridos. Todos esses exames estão disponíveis no nosso serviço de análises clínicas. Uma simples colheita de sangue permitirá saber se tem níveis normais ou alterados. Com os resultados, o médico poderá confirmar ou descartar diabetes e verificar se o colesterol está alto, indicando eventuais medidas de tratamento.Que análises devo fazer para saber se a tiroide está boa?
A saúde da tiroide avalia-se principalmente medindo no sangue as hormonas tiroideias (FT4 e FT3) e a hormona estimulante da tiroide (TSH).
Com estas análises é possível detetar alterações no funcionamento da tiroide, como hipotiroidismo ou hipertiroidismo.
Que análises devo fazer para saber se o pâncreas está bom?
O pâncreas tem uma dupla função: exócrina e endócrina. A função exócrina envolve a produção de enzimas digestivas enviadas para o intestino para digerir carboidratos, gorduras e proteínas. Já a função endócrina, realizada pelas ilhotas de Langerhans, produz hormonas como a insulina e o glucagon, que regulam os níveis de açúcar no sangue.
Para avaliar a saúde do pâncreas é importante estudar ambas as funções. No nosso laboratório pode realizar o painel “Função Pancreática”, que inclui as seguintes análises: Lipase, Amilase pancreática, Glucose, TOTG, Insulina, Peptídeo C, Tripsina, Quimiotripsina e Elastase fecal.
Este conjunto de exames permite avaliar de forma abrangente o funcionamento exócrino e endócrino do pâncreas.
Gravidez e Saúde da Mulher
Esclarecemos as suas dúvidas sobre exames de gravidez, rastreios e saúde feminina.
O teste rápido de gravidez deve ser feito em que altura?
O teste rápido de gravidez (na urina ou no sangue) deve ser realizado no primeiro dia de atraso menstrual ou, em alternativa, cerca de 10 dias após a relação sexual.
Se optar pela amostra de urina, utilize preferencialmente a primeira urina da manhã e entregue-a no laboratório o mais rapidamente possível.
Para que serve a análise quantitativa do βHCG?
A dosagem quantitativa do beta-hCG (gonadotrofina coriónica humana) é um exame de sangue utilizado principalmente para confirmar e acompanhar a gravidez. Diferentemente do teste qualitativo (que apenas indica positivo ou negativo), o βHCG quantitativo mede a concentração exata desta hormona no sangue.
Serve para:
Detetar gestações muito no início, até mesmo antes do atraso menstrual em alguns casos, pois é mais sensível.
Estimar aproximadamente a idade gestacional, já que os valores de βHCG evoluem de forma previsível nas primeiras semanas de gestação.
Monitorizar o progresso da gravidez nas fases iniciais.
Por exemplo, o médico pode solicitar βHCG quantitativo repetido a cada dois dias para verificar se os valores estão a duplicar como esperado numa gravidez saudável, ajudando a identificar possíveis problemas (gravidez ectópica ou risco de aborto) se os níveis não subirem adequadamente.
Além disso, o βHCG quantitativo pode ser útil após um aborto ou tratamento para confirmar que os níveis hormonais voltaram a zero. Em alguns casos particulares, também é utilizado como marcador tumoral, já que certos tumores raros produzem hCG.
No contexto mais comum, a principal função é confirmar a gravidez e fornecer informação sobre o seu desenvolvimento com precisão superior à do teste de farmácia.